20 de junho de 2013

Eu-desperto



Vem o tempo e fere a fúria
da mansidão dos sentimentos. 
Vem de súbito, no repente, 
nesses instantes, frações de eternidade. 

Da noite pro dia
são tantas as estrelas que escurecem, 
toda a lua que se esquece, 
ocidente-oriente. 
Espera-se o sol. 
Mas volta e meia vem ele
todo anuviado. 

Flagrado fui pela fragrante flor
do medo,
a rosa negra do nosso jardim 
em chamas. 

Não sei-me, 
Desaprendi-me. 
Perdi-me no encontro, 
encontro-me na despedida. 

Eu que o tempo engana
que fere
que cura. 

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