13 de maio de 2013
Dove sei tu?
Cansei de chorar ouvindo Chico e Cartola,
agora eu choro ouvindo qualquer coisa.
Às vezes me parece que sinto
a tua saudade e a minha
todas juntas no meu peito.
E me arranho com as unhas dessa falta,
elegendo todos os teus pecados para comigo.
Eu sei que já nem sei mais o que sinto,
o que sei.
Se amar cura,
se amargura.
Tento sufocar o desejo
mas o desejo é tão meu
que sufoco a mim mesmo.
Homicido-me!
Tento apagar a lembrança
mas ainda há você.
Então quero apagar-te.
Suicido-te!
Mas se abro o livro
dos poemas do teu punho,
borrados pelas lágrimas dos teus olhos,
ressuscito-nos!
Transpomos o limite,
acendemos a vela que vela
nosso amor moribundo.
E assim é tão grande a certeza
da imensidão das minhas incertezas.
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