Estou preso as presas
da pressa
do que me prende.
Estou pronto pra precipitar
feito nuvem que se forma,
mas delas só herdei a fragilidade.
Mostro-me forte sendo fraco,
quero ser fraco quando tenho de ser forte.
Quero não existir
quando tenho que ser.
Queria ser inglês
pra ser "to be".
Ser e estar.
Estar sendo,
ser estando.
Mas às vezes não sei ser,
nem estar.
E, então, o que sou?
o que estou?
Eu me perco no labirinto que eu mesmo criei.
Não sei usar o mapa que eu mesmo desenhei.
Fico parado defronte às minhas próprias metáforas,
das quais não tenho desprendido interpretação alguma.
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