29 de maio de 2013
Eu lírico
Mundo, vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
talvez fosse uma solução.
Sim, da rima faço a poesia,
e ai de quem diga que nela
não há solução.
Poesia canta amores,
dores,
fala de flores,
fala de todas as coisas
que eu não sei o nome.
É catarse.
Ah, esse mundo de tantos Raimundos,
de tantas rimas,
de tantos meninos e meninas
que seguem suas sinas,
chorando por seus sonhos
rindo de suas desgraças.
A poesia não me deixa conformar,
me faz subir enquanto todos descem,
não querer quando todos querem.
A minha poesia é o que a vida faz de mim,
pois a vida é a mais longa poesia
ora em verso, ora em prosa,
ora nessas formas que só ela
pode ser.
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